sexta-feira, 18 de junho de 2010

Inspiração Iugoslava



A partida das 8h30 marcou um confronto europeu de grande rivalidade. Desde o final da década de 30 a antiga Iugoslávia já enfrentava os alemães. Desde que a Iugoslávia começou a ser dividida no início da década de 90, sua sucessora, a Sérvia, nunca teve destaque no futebol mundial, vide a 32ª colocação na última Copa.

A Sérvia, líder em seu grupo nas eliminatórias europeias, se portou de maneira surpreendente frente a seleção que teve a melhor atuação na primeira rodada. Marcação sobre pressão e ataque pelas pontas foram os grandes trunfos da equipe sérvia na primeira etapa. Aos 36 min, o árbitro espanhol Alberto Undiano, foi rigoroso com o atacante alemão Klose e o expulsou do jogo. Um minuto depois o meia Krasic cruzou, Zigic escorou e Jovanovic ainda dominou no peito dentro da pequena área antes de afundar o goleiro Neuer. No último lance do primeiro tempo o meia alemão Khedira aproveitou um rebote e acertou o travessão, na sequência da jogada Thomas Müller tentou de bicicleta, mas cometeu uma falta.

No segundo tempo a equipe germânica foi ao ataque, mas Podolski, dono de 7 das 15 finalizações da Alemanha, pecou demais, principalmente em duas jogadas em que veio da ponta esquerda e chutou para fora. Quem acreditava que Podolski não conseguiria perder gols mais feitos que aqueles se enganou redondamente. Aos 14 min o zagueiro mais caro do mundo, Nemanja Vidic, que atua no Manchester United, fez um pênalti idêntico ao que sua seleção havia cometido na partida contra Gana e como diz nosso companheiro de blog Diego Mello, foi um pênalti "estilo educação física". Para a sorte de Vidic, o goleirão Stojkovic fez a defesa da penalidade máxima, que, diga-se de passagem, foi muito mal cobrada por Lukas Podolski.

Até o fim da partida os lances de mais emoções foram proporcionados pela Sérvia, que colocou duas bolas na trave, uma com o autor do gol Jovanovic e outra numa cabeçada do gigante Zigic, de 2,02m, que, inexplicavelmente, estava sendo marcado pelo lateral Lahm, que mede 1,70m. O arqueiro sérvio Stojkovic ainda fez algumas boas defesas, garantindo seu reconhecimento como melhor em campo.

Após o apito final, os sérvios tiveram a certeza de que naquela partida obtiveram um resultado histórico, digno de Iugoslávia, e que os deuses do futebol concederam a eles essa inspiração que tanto necessitavam.

Eduardo Pacheco, @eduardospp

Um comentário:

  1. Eu queria uma opinião dos blogueiros do Canto Bola. Se o Maradona fosse o técnico do Brasil, qual seria o time que le escalaria? Tenho outra sugestão: por que vocês não escrevem sobre outras coisas relacionadas ao futebol além dos comentários sobre os jogos (deve ser difícil, tem muita pelada aí).

    BV
    Guilherme

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