sábado, 12 de junho de 2010

Vitória escapa das mãos inglesas



Em 29 de junho de 1950 a potência Inglaterra enfrentava uma seleção americana amadora no estádio Independência, em Belo Horizonte. A partida, válida pela Copa do Mundo, terminou com um placar que é considerado uma das maiores zebras da História. EUA 1 x 0. Para os loucos por coincidências, era a chance de que o placar se repetisse. Não foi o que aconteceu.

60 anos depois daquele confronto as duas equipes voltaram a se enfrentar por uma Copa do Mundo, agora em solo sul-africano. O retrospecto não era favorável para os americanos, em 9 confrontos os ingleses obtiveram 7 vitórias e marcaram 35 gols contra 2 êxitos dos yankees, que haviam marcado apenas 8 vezes.

Logo que o jogo se iniciou todos tiveram a certeza que o English Team conquistaria mais um triunfo dante dos norte-americanos, aos 4 min Steven Gerrard abriu o placar numa excelente troca de passes. Pareciam que os ingleses haviam afastado de vez o fantasma de 50 e que, dessa vez, aplicariam uma goleada.

A previsão de goleada foi por água abaixo quando os americanos partiram para cima e chegaram a ter 59% de posse do bola. O jogo foi sendo cozinhado sem nenhuma finalização de nenhuma das duas equipes. Aos 39 min Donovan arriscou de longe e assustou o goleiro Robert Green, que parecia estar inseguro. Esta terrível previsão se confirmou um minuto depois. Em um chute de muito longe de Clint Dempsey, Green tentou segurar a bola e tomou o primeiro frango da Copa do Mundo de 2010, para desespero dos ingleses.

Na segunda etapa, os ingleses reverteram a vantagem na posse de bola e passaram a pressionar os americanos no seu bom e velho chuveirinho, o que justificou a entrada do grandalhão Peter Crouch (2,01 m) aos 33 min. Rooney e Lampard também tentaram finalizações de fora da área, mas todos pararam na muralha Tim Howard, eleito melhor em campo.

A emoção demonstrada até então não durou e a zaga inglesa ficou trocando passes na linha de defesa e dando chutões. A única exceção de um lance de emoção foi a bela finalização de Altidore, que acertou a trave, após defesa parcial de Green. Os americanos conseguiram um belo resultado, porém para os ingleses ficou sensação de que poderiam ter obtido a vitória se não tivessem a deixado escapar das próprias mãos. Literalmente.

A partida, além de tudo isso foi palco de um recorde do árbitro brasileiro Carlos Eugênio Simon, que se tornou nosso primeiro compatriota a participar de três copas em sua função.

ENYEAMA EVITA GOLEADA E PARK JI-SUNG COMANDA COREIA



Na estreia do Grupo B, Coreia do Sul e Grécia fizeram um jogo considerado importantíssimo para as duas equipes, uma vez que estão no grupo da Argentina e uma vitória deixava uma situação bem confortável. Os asiáticos dominaram os gregos do início ao fim e abriram o placar com Li Jung-Soo. No segundo tempo, o grego Vyntra errou um domínio de bola e deu um gol para o craque do jogo, Park Ji-Sung, que driblou dois e tocou no canto do goleiro.


2h30 depois da abertura do grupo B, Argentina e Nigéria fizeram a partida mais esperada dos brasileiros. O mundo presenciou a melhor partida de Lionel Messi com a camisa dos nossos hermanos. O placar não condiz com o que realmente ocorreu na partida. Com 6 min Heinze, de cabeça, acertou o ângulo do goleiro Enyeama e uma goleada parecia certa. Porém, o goleiro africano parou o ataque argentino fazendo 6 defesas impressionantes, sendo quatro do melhor jogador do mundo. Enyeama evitou uma goleada história e a Nigéria, que jogou com raça, ainda busca uma vaga na próxima fase.





Eduardo Pacheco, @eduardospp

Um comentário:

  1. Belo título do post. Parabéns pelos comentários. Eu peço licença para fazer os meus também.

    Argentina - o que se viu foi um toque de bola de qualidade, brigando bem quando precisou, alguns erros do Jonás Gutiérrez, ponto fraco do time e o Verón errando alguns passes, mas funcionando a contento na primeira bola. Se mudar a lateral esquerda e botar o Milito para jogar, é candidata forte.

    Inglaterra - defesa forte em duas linhas, grande preparo físico para correr o campo todo e um meio-campo muito bom, com o quase ponta direita, Lennon, que vai dar trabalho.

    BV
    Guilherme

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